
Os presidentes do Senado e da Câma ra dos Deputados, José Sarney (PMDB-AP) e
Marco Maia (PT-RS) fecharam um acordo na terça-feira para a instalação de
uma CPI mista que vai investigar as ligações da quadrilha de Carlinhos
Cachoeira com o senador Demóstenes Torres (ex-Dem-GO), o governador de Goiás
Marconi Perillo (PSDB) e a revista Veja. Segundo Maia, “a CPI não é uma CPI
do Parlamento. A CPI vai investigar a ligação do Cachoeira com o
Legislativo, o Executivo, Judiciário e também com o setor privado, inclusive
a imprensa”, disse ele, no plenário da Casa.
Durante a Operação Monte Carlo
da Polícia Federal foram flagradas conversas bastante comprometedoras entre
o senador Demóstenes Torres e Carlos Cachoeira. Uma das gravações mostrou o
criminoso orientando um de seus comparsas a repassar R$ 1 milhão para o
senador. Foram detectadas também 200 ligações telefônicas entre o chefe de
redação e da sucursal de Brasília da revista “Veja”, Policarpo Jr., e Carlos
Cachoeira. O deputado Fernando Ferro (PT-PE) afirmou que “estes fatos
mostram que a revista Veja associou-se ao crime”. “Logo que a CPI for
instalada vou apresentar um requerimento convocando Roberto Civita, dono da
revista, para que ele dê explicações ao parlamento”, disse o deputado, na
quarta-feira (11), da tribuna da Câmara.
Nenhum comentário:
Postar um comentário